10/07/2025 às 11h36

Servidores da Saúde aprendem sobre manejo da tuberculose em crianças e adolescentes

Profissionais da Atenção Primária de todas as Regiões de Saúde participam da capacitação

Yuri Freitas, da Agência Saúde DF | Edição: Natália Moura

Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta semana (8 e 9), de uma oficina voltada ao manejo da tuberculose em crianças e adolescentes. O curso se destina a profissionais atuantes, preferencialmente, na Atenção Primária à Saúde (APS), entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e farmacêuticos de todas as Regiões de Saúde da pasta. A iniciativa foi organizada pela SES-DF junto ao Ministério da Saúde (MS).

Segundo o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Sérgio D’Ávila, há forte correlação entre a tuberculose e as infecções sexualmente transmissíveis (IST), em função dos riscos que representam à saúde e por afetarem pessoas em situação de vulnerabilidade.

“A tuberculose é uma doença extremamente negligenciada, na perspectiva de que ela tem determinantes sociais importantes. Desse modo, é fundamental montarmos uma rede de atenção integrada e articulada para solucionar as dificuldades de acesso a tratamento", avalia D'Ávila. 

Consideradas as vulnerabilidades das pessoas mais afetadas, é crucial, de acordo com o gerente, que os serviços de saúde fortaleçam as ações de acolhimento, busca ativa, investigação de possíveis contatos e oferta de tratamento adequado. A tuberculose pode ser tratada e curada, ao passo que os medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
 

A tuberculose pode ser tratada e curada, ao passo que os medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde DF

Crianças e adolescentes

Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo MS, crianças e adolescentes representam 12% dos casos de infecção no mundo. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença se dá pela aplicação da vacina BCG.

O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo SUS em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2kg, de preferência nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, a dose pode ser administrada até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos por cada Unidade Básica de Saúde (UBS). Confira os locais de vacinação no site da SES-DF.

Além da vacina BCG, a prevenção da tuberculose pode ser feita com o tratamento profilático, feito a partir de busca ativa e avaliação de contatos, mediante teste da prova tuberculínica e exame de sangue IGRA, ambos disponibilizados pela SES-DF.
 

A principal maneira de prevenir as formas graves da doença na infância e juventude se dá pela vacina BCG, disponibilizada pela Secretaria de Saúde logo nos primeiros dias de vida. Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde DF