11/04/2022 às 21h22

Tratamento Fora de Domicílio completa 17 anos na rede de saúde do DF

Desde 2005, mais de 6 mil pessoas foram beneficiadas pelo programa

WILLIAN MATOS, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF | EDIÇÃO: MARGARETH LOURENÇO | REVISÃO: JULIANA SAMPAIO

 

 

O Distrito Federal completa, nesta segunda-feira (11), 17 anos de realização do Programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD). É um programa que permite ao cidadão morador da capital viajar para outro estado a fim de realizar algum procedimento de saúde que a rede pública local não ofereça. Assim, a Secretaria de Saúde disponibiliza passagens aéreas ou terrestres e ajuda de custo para alimentação.

 

O TFD beneficia apenas pacientes com patologias de alta complexidade. Para ter o atendimento, o cidadão precisa de laudo médico fornecido pela junta médica da rede pública do DF e comprovar que mora na capital. É permitido levar um acompanhante e um doador, caso haja. Os candidatos não podem estar em terminalidade de vida ou necessitar de atendimento emergencial, visto que as cirurgias do programa são eletivas e os trâmites para realização do serviço levam tempo.

 

As passagens são pagas integralmente e a ajuda de custo varia de acordo com cada situação, sendo que pacientes hospitalizados não recebem, uma vez que o hospital fornece alimentação e alojamento. Acompanhante e doador também são contemplados.

 

O TFD foi criado em 1999 pelo Ministério da Saúde. No DF, foi implantado em 11 de abril de 2005, pela portaria nº 48. De lá para cá, mais de 6 mil pessoas foram assistidas. Atualmente, cerca de 500 pacientes são beneficiados pelo TFD.

 

O gerente da Central de Regulação Interestadual e de Alta Complexidade (Cerac), Rafael Monteiro Olinto, explica que o TFD “proporciona aos pacientes a possibilidade de receberem tratamento de saúde adequado às suas necessidades”. O profissional cita casos de cidadãos do DF que usam o benefício.

 

“Na semana passada, recebi a mãe de uma paciente de 2 anos que, em janeiro, encaminhamos para tratamento de retinoblastoma em Ribeirão Preto, São Paulo”, informou o médico. Retinoblastoma é um tipo de câncer ocular. Ele ainda destaca que há pacientes “na capital gaúcha, aguardando na fila de transplante pulmonar. Em Bauru, São Paulo, há pacientes com fenda palatina, abertura no céu da boca, e anomalia crânio-facial que seguem sendo tratados lá para não perderem a continuidade”, complementa Olinto.

 

Ao paciente apto a usufruir do programa, a Cerac disponibiliza o e-mail gerenciatfd@gmail.com e o telefone (61) 2017-1145, ramal 6907, para atendimento. Também é possível ir à sede da Gerência, no endereço SMHS – QD. 301 – edifício Cerac, ao lado do pronto socorro do Hospital de Base, atrás do Ed. Pioneiras Sociais.