Capacitação prepara profissionais para ofertarem prática de "Lian Gong" nas unidades do DF
Capacitação prepara profissionais para ofertarem prática de "Lian Gong" nas unidades do DF
Atividade auxilia no tratamento de dores, além de implementar o cuidado com a saúde mental
Larissa Lustoza, da Agência Saúde-DF | Edição: Natalia Moura
Durante o mês de junho, mais de 30 profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF), entre residentes e servidores, participaram de capacitação “Lian Gong em 18 terapias”. A prática é conhecida por tratar dores físicas, além de ampliar a consciência corporal e trabalhar na respiração. Reunindo aulas práticas e teóricas, o curso foi realizado no Centro de Referência de Práticas Integrativas em Saúde de Planaltina (Cerpis).

O Lian Gong foi desenvolvido na China, na década de 1970, após um médico alcançar resultados no tratamento de dores em pessoas sedentárias por meio da repetição de alguns exercícios, que poderiam ser realizados em casa.
“É uma prática que ainda trabalha muito a ansiedade, insônia e depressão. Além disso, por ser coletivo, permite que as pessoas criem vínculos”, explica a Referência Técnica Distrital em Lian Gong, Patrícia Falcão.
A especialista reforça que o objetivo da capacitação é, acima de tudo, promover saúde e prevenção. “Temos o trabalho de desenvolver e implementar a política de Práticas Integrativas em Saúde [PIS] e um dos pontos estabelecidos é a formação", detalha.
Multiplicadores
O curso busca formar multiplicadores que repassem a prática à comunidade e a outros servidores da própria SES-DF. O residente Marco Antônio Oliveira viu na capacitação uma oportunidade de ser facilitador. “Sempre gostei da medicina tradicional chinesa e, quando comecei a residência, conheci as três principais práticas, todas despertaram ainda mais o meu interesse. Agora vou poder ajudar a implementá-las nas unidades de saúde", conta.

Para a residente Ana Cecília Silva, o método atravessa diversas camadas do bem-estar, ofertando também leveza e reconexão. “É uma prática que nos conecta com a natureza e faz a pessoa sair um pouco mais leve. É muito convidativa. Nos quatro encontros, deu para a gente aprender bastante coisa."
Além dos residentes, outros profissionais participaram da capacitação. A técnica em saúde bucal, Patrícia Paulina Oliveira, destaca a importância de levar a prática às regiões mais afastadas. “Os usuários da minha Unidade Básica de Saúde [UBS] não têm condição de vir ao Cerpis, por ser distante. Assim, levando a prática até eles, podemos aliviar muitas questões dentro deles, sem depender de medicação”, avalia.
A agente comunitária em Saúde, Lorena Teixeira, também acredita no potencial transformador da prática. “Penso que a adesão vai ser boa na minha região. Com o curso, vou poder falar mais sobre as PIS, explicar e mostrar os resultados que essas técnicas trazem ao dia a dia e que elas fazem diferença na saúde da população."

Onde participar
As PIS são oferecidas gratuitamente à comunidade, sem requisitos. As atividades de Lian Gong são, em sua maioria, disponibilizadas em grupo. Atualmente, há 21 UBSs com a prática, nos três níveis de atenção. A lista de unidades pode ser conferida no site da própria SES-DF.