Doenças e Agravos Não Transmissíveis
Doenças Não Transmissíveis
O chamado “estilo de vida moderno”, a que todos estão sujeitos, é o grande fator de risco á saúde. Os hábitos alimentares inadequados, o sedentarismo e o tabagismo compõem as principais causas para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. Embora o grupo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) seja muito abrangente, as doenças cardiovasculares (doenças isquêmicas do coração, doenças cérebros-vasculares e hipertensão), as chamadas crônico-degenerativas (câncer, diabetes, doenças renais e reumáticas, etc.), os agravos decorrentes das causas externas (acidentes, violências e envenenamentos) e os transtornos de natureza mental são reconhecidos como os mais prevalentes no Brasil, contribuindo sobremaneira na carga global de doenças do país.
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
A vigilância epidemiológica das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) visa identificar e monitorar a distribuição, magnitude e a tendência das doenças que, atualmente, representam um dos principais desafios da saúde pública em virtude do rápido crescimento, alta prevalência e altas taxas de mortalidade. As doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas, configuram-se como um grupo dentre as DCNT que lideram as causas de adoecimento e morte no SUS-DF, em especial, os óbitos prematuros - ocorridos entre indivíduos entre 30 e 69 anos de idade. Assim como no cenário nacional, no Distrito Federal, as doenças cardiovasculares, que têm a hipertensão e diabetes como um importante fator de risco para seu desenvolvimento, representam a principal causa de mortalidade. Outras importantes condições crônicas como excesso de peso, obesidade, doença renal crônica e transtorno mental têm recebido atenção dos sistemas de saúde devido à complexidade de organização do cuidado. As DCNT, diferentemente das doenças não transmissíveis, compõem o conjunto de condições crônicas que possuem diversos fatores de risco, caracterizadas por início gradual, de prognóstico incerto, com longa duração, apresentando curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, que podem gerar incapacidades. Estão entre os principais motivos de acesso e demanda ao SUS-DF, são responsáveis por um número expressivo de internações e também estão entre as principais causas de amputações e de perdas de mobilidade, o que leva a perda significativa da qualidade de vida dos indivíduos, aprofundando-se à medida que a doença se agrava.
A estruturação da vigilância epidemiológica das DCNT no SUS-DF compreende:
1) ações de monitoramento das DCNT de maior morbimortalidade, são elas: doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes mellitus, obesidade e doenças respiratórias crônicas, a partir de dados de mortalidade, mortalidade prematura, internação, amputação e de prevalência das doenças. Dados relacionados ao acesso aos serviços, como o quantitativo de atendimento nos diferentes pontos da Rede de Atenção (APS e Emergência) também são monitorados;
2) Educação em Saúde e Pesquisa relacionadas à morbimortalidade por DCNT, visando contribuir para a prática informada por evidência e a qualificação profissional para o fortalecimento das ações de vigilância de DCNT no SUS-DF; 3) Indução e apoio de ações de vigilância e monitoramento, promoção da saúde, prevenção e controle das DCNT e cuidado integral, a partir da agenda de trabalho estratégico de atividade de sensibilização e defesa (advocacy) intra e intersetorial, a partir da implementação e o monitoramento das ações de enfrentamento e indicadores relacionados às DCNT e articulação com os diferentes atores da Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas da SES-DF; e, 4) Monitoramento e avaliação das intervenções realizadas pelo uso de ferramentas de monitoramento e painéis interativos para que favoreçam o acompanhamento e avaliação das estratégias.
Email: dcnt.gvdant@saude.df.gov.br e e-mail alternativo: dcnt.vedf@gmail.com